Arco Norte mantêm liderança nas exportações de soja e milho
25-01-2024

Os números indicam que Santos/SP escoou 30% da soja, contra 32,7% do exercício anterior

Os portos localizados no Arco Norte continuam a liderar o escoamento de soja para exportação, conforme revelado pelo Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta quarta-feira (24). De acordo com o relatório, no último mês de dezembro, 33,8% do total nacional de soja foram expedidos por esses portos, superando os 32,7% acumulados no ano anterior.

Os números indicam que Santos/SP escoou 30% da soja, contra 32,7% do exercício anterior. Em contrapartida, as exportações de soja pelo porto de Paranaguá totalizaram 14,1% do montante nacional, um aumento em relação aos 13% registrados no mesmo período do ano anterior. A origem das cargas para exportação teve destaque nos estados do Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Quanto ao milho, apesar da queda percentual em dezembro, os portos do Arco Norte exportaram 41,6% da movimentação nacional do cereal, comparado aos 44,7% do mesmo período do ano anterior. Santos/SP ficou em segundo lugar, com 38,2% da movimentação total, contra 36,9% no mesmo período do exercício passado. Os estados mais ativos nas vendas para exportação foram Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.

O Boletim Logístico também destaca os números gerais de exportação. Em dezembro de 2023, 3,83 milhões de toneladas de soja foram exportadas, representando um aumento significativo em relação aos 1,94 milhão no mesmo período de 2022. No acumulado de janeiro a dezembro de 2023, as exportações da oleaginosa atingiram 101,8 milhões de toneladas, um aumento de 29,2% em relação ao ano anterior.

Quanto ao milho, as exportações atingiram 6,06 milhões de toneladas em dezembro de 2023, em comparação com as 6,24 milhões no mesmo período de 2022. No ano todo de 2023, as exportações do cereal somaram 55,8 milhões de toneladas, um incremento de 29,2% em relação ao ano anterior. O estado de Mato Grosso, principal produtor, contribuiu com 52,15% do total de entregas para o mercado internacional. O Boletim aponta que a desvalorização do milho no cenário internacional contribuiu para a redução da paridade de exportação, intensificando a baixa nos preços domésticos. No caso da soja, o aumento da importação de óleos vegetais pela China e a possível antecipação de compra devido à decisão do Conselho Nacional de Política Energética de aumentar o aporte de biodiesel na mistura ao óleo diesel impulsionaram as exportações.

Projetando-se que o percentual de biodiesel suba para 15%, espera-se que as cotações internas da soja se mantenham acima dos preços externos ou, no mínimo, estimulem a competição pela oleaginosa, conforme as análises do Boletim Logístico.

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