A AgResource Brasil, filial da AgResource Company dos EUA, revisou as projeções de produção de soja e milho para o ciclo 23/24. A decisão foi influenciada pelas temperaturas persistentemente altas e pela escassez de chuvas no centro-norte do Brasil, indicando a necessidade de ajustes devido aos estágios críticos da soja, replantio, doenças e outros desafios nos estados. Atrasos no plantio na região sul-sudeste e chuvas excessivas também contribuíram para as revisões.

A empresa vinha estimando uma produção de soja cerca de -2% em relação ao USDA e -1,4% em relação à CONAB. Agora, a diferença aumenta para -3,66%, com a produção estimada em 156,08 MMT. Apesar de ainda ser uma safra considerável, o otimismo inicial dá lugar à preocupação, antecipando uma safra com mais desafios do que inicialmente previsto. Embora as plantas de soja sejam resilientes e haja perspectiva de recuperação, o passar do tempo e os modelos climáticos conflitantes aumentam a incerteza sobre o resultado final da safra nacional.

A produção de milho também foi impactada, levando a uma redução nas estimativas iniciais. As projeções indicam uma produção de 123,50 MMT, ainda 3,4% acima dos 119,40 MMT da CONAB, mas distante dos 129 MMT do USDA, que estavam alinhados até o mês passado. De acordo com o que indica a consultoria, esses números refletem a realidade das condições atuais no Brasil, influenciadas pelo persistente El Niño, que não mostra sinais de abrandamento. Além disso, eles afirmaram também que o seu objetivo com esse comunicado não é alarmar os produtores, mas sim fornecer uma visão realista do cenário atual.

Por: AGROLINK