Produção no Centro-Oeste compensam a seca no Rio Grande do Sul

A produção de soja do Brasil deve atingir um recorde no ano-safra 2022/23, de acordo com as últimas estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA),  com estimativas de atingir 154,0 milhões de toneladas, um aumento de 1,0 mi ton em relação às projeções do mês passado e 24,0 mi ton (18%) em relação ao último ano. 

Esse crescimento é impulsionado por uma área colhida recorde de 43,7 milhões de hectares, que representa um aumento de 0,3 mi ha (1 %) em relação ao mês passado e um aumento de 2,1 mi ha (5%) em relação à temporada anterior. No entanto, o rendimento está ligeiramente abaixo das projeções do mês passado em 3,52 toneladas por hectare, apesar de ter aumentado 12% em relação ao ano passado.

O aumento da produção de soja nos estados do Centro-Oeste ajudou a compensar os problemas no Rio Grande do Sul. As fortes chuvas causaram atrasos na colheita em vários estados importantes do centro-oeste, e cerca de 75% da safra de soja foi colhida nacionalmente, contra 81% no ano passado, no início de abril. 

Apesar desses desafios, Mato Grosso, o maior produtor, completou sua colheita e registra uma safra recorde de 44,3 mi ton em uma área recorde de 12,0 mi ha, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA). 

O segundo colocado Paraná também está registrando uma produção recorde de aproximadamente 22 mi ton, conforme informado pela Secretaria de Agricultura do Paraná (SEAB/DERAL). Enquanto isso, o habitual terceiro produtor, o Rio Grande do Sul, experimentou mais uma temporada marcada pela seca, o que resultou em uma redução de 30% no rendimento e uma perda de aproximadamente 6 mmt na produção, conforme relatado pela Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul, EMATER-RS.

A região Nordeste do Brasil relata que a colheita está em 69%, com rendimentos bem acima da média. Esses desenvolvimentos sugerem que a produção de soja do Brasil está a caminho de superar as expectativas para a safra 2022/23.

Boletim elaborado pela equipe Agrotempo*

Por: AGROLINK