Mesmo com o iminente fim da La Niña a previsão das chuvas para o mês de fevereiro de 2023 ainda indica a forte influência do fenômeno. Além deste fator, fenômenos como a oscilação Madden-Julian e as temperaturas das águas do oceano Atlântico também vão influenciar as chuvas neste mês.

De acordo com as últimas análises climáticas, os estados do Amazonas, Rondônia, Pará, Maranhão e Piauí estão previstos para receber mais chuvas do que o normal neste mês de Fevereiro.

Na parcela central do Brasil, as maiores chances são de chuvas dentro daquilo que seria esperado para o mês. Mas vale ressaltar que as precipitações estão ocorrendo de forma irregular e mal distribuídas. Porém, algumas áreas com excesso de chuvas, podem ter um alívio, permitindo mais janelas de trabalho, principalmente para as operações de colheita.

Por outro lado, regiões como Rio Grande do Sul, norte de Goiás e oeste da Bahia podem ter chuvas abaixo da média durante o período. Esta previsão é baseada em vários fatores, incluindo a influência de sistemas de alta pressão, atuação de massas de ar seco e a La Niña.

A previsão de chuvas abaixo da média para o Rio Grande do Sul, neste mês de fevereiro, infelizmente indica o prolongamento da situação de seca na região. A falta de precipitação vai afetar negativamente a produção agrícola, já comprometida, intensificando a crise na agricultura. 

Além disso, a falta de água em regiões já afetadas pela escassez hídrica vai se agravar, causando preocupações quanto à disponibilidade de água para a irrigação e para os animais. É importante que as autoridades responsáveis e a população local estejam preparadas para enfrentar esses desafios e tomem medidas para minimizar seus impactos.

Existem algumas medidas que podem ser tomadas para minimizar os impactos da seca como:

1. Gestão de água: é importante ter uma gestão eficiente dos recursos hídricos disponíveis, incluindo o armazenamento de água, o aproveitamento de águas subterrâneas e a reutilização de águas cinza.

2. Irrigação: as técnicas de irrigação, como a micro-irrigação, podem ser utilizadas para garantir o suprimento de água para as culturas.

3. Adoção de práticas agrícolas resistentes à seca: as culturas resistentes à seca, como as plantas perenes, podem ser cultivadas para minimizar os impactos da escassez hídrica.

4. Conservação do solo: a prática de conservação do solo, como o plantio de cobertura, pode ajudar a manter a umidade do solo e prevenir a erosão.

5. Ações governamentais: é importante que as autoridades responsáveis tomem medidas para garantir a disponibilidade de água para as populações afetadas, incluindo a construção de reservatórios, o fornecimento de água potável e o apoio às comunidades rurais.

Essas medidas podem ajudar a minimizar os impactos da seca e a garantir o suprimento de água para as populações afetadas. É importante lembrar que a prevenção e a preparação são fundamentais para enfrentar a seca de maneira eficiente.

Por: AGROLINK