Algumas dúvidas sobre o futuro da demanda adicionaram fraqueza ao mercado da soja, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. Além disso, as perspectivas climáticas tornam-se mais favoráveis nos EUA, amenizando os temores do lado do rendimento.

“As condições das lavouras nos EUA apresentaram um pequeno retrocesso, quando não se esperavam mudanças (61% dos campos apresentam condições boas a excelentes vs. 62% esperados). Expectativa de clima mais ameno na próxima semana no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Segundo a empresa de meteorologia DTN, chuvas isoladas são esperadas na região durante o fim de semana e modelos meteorológicos começam a indicar a possibilidade de uma frente fria mais intensa na próxima semana”, comenta.

"Isso reduziria as temperaturas e daria a grande parte da região uma chance de chuva que seria muito benéfica caso ocorresse", disse a DTN em boletim diário.

O mercado também foi pressionado pelo desempenho do óleo de soja, que recuou mais de 2%. “O derivado, por sua vez, acompanhou a queda do óleo de palma, que é seu concorrente em alimentação e na fabricação de biodiesel. Segundo o chefe de pesquisa de commodities do Sunvin Group India, Anilkumar Bagani, a produção de óleo de palma da Malásia deve se recuperar levemente na segunda quinzena de julho, enquanto as exportações não devem mostrar grandes avanços”, indica.

“Segundo o analista Michael McDougall, da Paragon Global Markets, cerca de 30 cidades chinesas estão em lockdown parcial ou total. Isto justificaria a perspectiva de fraca demanda chinesa também pesou sobre as cotações da oleaginosa, disse em nota Jack Scoville, do Price Futures Group. "O mercado à vista nos EUA está ficando sem soja, mas há novos lockdowns na China e o país tem importado menos como resultado", afirmou”, comenta.

Por: AGROLINK