Diversos agricultores do Rio Grande do Sul não vão colher o milho plantado em algumas áreas, revelou a Emater-RS (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural). O motivo para isso é a baixa qualidade do cereal no estado, bem como o alto custo de operação da colheita.
De acordo com cometário da Consultoria AgResource Brasil, espigas mal formadas e com grãos pequenos deverão ser destinadas à silagem: “A situação é reflexo do tempo seco e altas temperaturas que os produtores rurais do estado enfrentam há meses e que, inclusive, acelerou o processo de maturação e secagem dos grãos e também colaborou com o avanço da colheita”.
De acordo com a Emater-RS, “os resultados obtidos são variáveis, dependendo do sistema de cultivo, irrigado ou sequeiro, e da maior ou menor incidência da estiagem durante o ciclo da cultura. Os menores rendimentos são obtidos em lavouras não irrigadas cultivadas ao norte, no centro e no oeste do Rio Grande do Sul”.
Na região do extremo oeste da fronteira, o prejuízo é estimado de 50%. Em Passo Fundo, a diminuição da produtividade já supera 60%, índice que ainda pode aumentar até a finalização do ciclo milho. Em Caxias do Sul, as perdas de rendimento estão na faixa de 20% a 70%. Em Frederico Westphalen, a produção será 60% menor do que a inicialmente prevista.
Por outro lado, aponta a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural gaúcha, o tempo seco impediu o avanço do plantio do milho, que avançou apenas um ponto na semana e atingiu 96% da área, número abaixo dos 97% do ano anterior e dos 99% da média dos últimos cinco anos.
Por: AGROLINK
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