A automação na agricultura pode ser aplicada em várias escalas, desde uma horta cultivada dentro de um espaço pequeno, como um apartamento, até uma plantação de centenas de hectares. Pensando em atingir um perfil diverso de produtores e, principalmente, preocupado com a crise hídrica pela qual o Brasil passa, um professor de informática montou um protótipo de sistema de irrigação automatizado. 

O projeto “Horta Inteligente” é um dos cases que serão apresentados no AGROFUTURE SUMMIT, evento totalmente gratuito e virtual que será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, pelo professor Rubens Palhares, da Fundação Helena Antipoff. As inscrições estão abertas.

Rubens explica que o protótipo tem como principal objetivo racionalizar o uso da água na irrigação de cultivos micro, pequenos, médios e grandes. O sistema, que foi desenvolvido junto com alunos durante as aulas remotas na pandemia da Covid-19, usa equipamentos simples e de fácil acesso. “É uma solução inteligente e, ao mesmo tempo, prática. Não demanda muitos recursos. O produtor cadastra os dados que quer através de um software de fácil uso e os sensores vão trabalhar em cima desses dados”, disse.

Como funciona o sistema

O sistema tem uma placa, como se fosse um cartão de crédito, que contém os dados e é conectada a um computador por USB. Essa placa é ligada a sensores que, por sua vez, são ligados a uma ou mais fontes de água. O sistema permite que os sensores façam uma leitura da quantidade de umidade em cada ponto e calcule quanta água será necessária para manter a planta irrigada. 

Ainda é possível indicar níveis diferentes de irrigação, considerando a demanda de água que cada planta tem. Quando a umidade fica abaixo do desejado para aquele ponto específico, o sensor aciona automaticamente a irrigação. E essa irrigação é interrompida quando o nível de umidade está satisfatório. “Por exemplo, um cultivo de arroz precisa de uma quantidade de água muito maior do que uma horta”, exemplifica o professor.

O protótipo montado por ele e pelos alunos gerou um kit, que será apresentado no AGROFUTURE SUMMIT. Para usar, o produtor precisa calcular a área a ser irrigada para saber quantos sensores serão necessários. Quanto maior o terreno e mais diversa as culturas, mais sensores são recomendados. 

dados assessoria.

Por: AGROLINK