O mercado de soja está, finalmente, desacelerando e os vendedores preocupados seguram a mercadoria, segundo informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “As tradings, os maiores compradores desse ciclo também esperam e observam, pois os preços tendem a começar a cair um pouco. Logo, existe muita apatia nesse período e pouquíssimos volumes são negociados. Ainda assim os futuros subiram um pouco, assim como o preço no porto, uma alta de 0,38%”, comenta.  

Em Santa Catarina, a colheita está beirando os 20%, com progressão lenta. “Em SC as chuvas continuaram fazendo estragos por toda a semana, atingindo direto na colheita de soja que já esta bem atrasada, choveu principalmente no meio Oeste. Atualmente os preços estão bem mais competitivos, mas isso não ajuda, pois ainda não existe oferta. Apesar de toda essa dificuldade em encontrar lotes cerca de 65% de toda a safra já foi comercializada e existiu tomador de lote em Imbituba, pagando R$179,00 para entrega em abril e maio e outro comprando mercadoria spot e pagando R$178,50 na mesma região”, completa. 

Nesse mesmo cenário, a colheita do Paraná atinge 36%, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral). “O relatório de acompanhamento das culturas, divulgado nesta terça-feira pelo Deral, registrou que a colheita da soja já chegou a 36% nesta semana. A condição das lavouras que ainda estão de pé são 81% boas, 17% médias e 2% ruins. Há 1% em floração, 28% em frutificação e 71% em maturação”, indica. 

Em Minas Gerais, 60% da soja já colhida. “Não há muito o que se falar sobre a soja vendida em Minas Gerais, a supremacia da Cargill como compradora não deixa espaço para negociações e os preços também não variam. Os negócios foram fechados a muito mais tempo e basicamente toda a soja da região já esta vendida, com pequenas sobras apenas para quem quer segurar para posteriores aumentos, e mais importante: quem pode segurar, vendedores economicamente estáveis”, conclui. 

Por: AGROLINK